quarta-feira, 2 de maio de 2007

Por fim, um poema assim!


Maia, 21 de Setembro 2005



Por fim…


Poderia até ser o título de um livro qualquer, um fim de um Verão, uma prosa inacabada, uma poesia malograda.

Por fim seria uma explicação de um conjunto, de uma sequência, de uma apresentação…

Somando todos os números, subtraindo as coisas por demais, multiplicando a bondade e compreensão, e dividindo a mentalidade Humana (Humanidade), por fim poderia até ser o resultado, o resto, um excesso de uma diferença.

Por fim poderia até estar a filosofar, a pensar, a escorrer pensamento numa página feita de uma última árvore qualquer, com uma lapiseira de mina em seu fim, Por Fim!

Uma partida, após uma chegada, um prenuncio avistando o seu fim, uma ida antevendo a sua volta, uma folha leve, leve, leve, caindo sobre um cetim…

Por fim, vais! – Partirás com denúncia de uma saudade em mim. De uma ternura em abraços traduzida, de um conto começado por uma fábula nunca vivida, numa Lua de fase em seu fim. Enfim!

Foi-se, para longe… não longe de mim, tendo a consciência daquilo que vai lutar, pela força que vai levar, longe do seu fim!

Pequena Lusitana, enredada de pronúncia malfeitora, de tormentos violentos e desalentos, sai vencedora e duradoura, de noites passadas em húmidos relentos.
Objectivos delineados, pretensão adquirida, mangas arregaçadas, assim vai ela lutar pela VIDA!

Por fim...em mim!

1 comentário:

Anónimo disse...

Fiquei deslumbrada com a magia de cada palavra aqui utilizada.
Simplesmente lindo, leve, profundo.
Aqui vou descobrindo mais uma outra faceta tua.
Por fim, uma parte mais sentimentalista começa a revelar-se. Realmente és uma caixinha de surpresas, há um ano que te conheci e estou sempre a descobrir coisas novas acerca da pessoa fantastica que és.
Continua a deliciar-nos com a tua escrita.
E espero que também tu um dia que Partas seja "com denúncia de uma saudade em mim."

Um sorriso acompanhado de um beijo-carinho