domingo, 26 de agosto de 2007

Porto uma Terra para além de mim.




Separado pelo rio Douro das grandes caves do vinho afamado ao qual deu o seu nome, o Porto é a segunda maior cidade de Portugal e existe um certo sentimento de rivalidade em relação a Lisboa. Mas embora as suas antigas raízes tenham sido preservadas com orgulho, um comércio próspero e eficaz transforma-o numa cidade moderna e a sua tradicional importância como centro industrial não diminui o encanto e carácter dos seus bairros antigos ou mesmo do bulício das novas avenidas, ladeadas de centros comerciais ou tranquilos blocos residenciais.

A área em redor da Sé merece ser explorada, com os seus diversos monumentos, como a igreja renascentista de Santa Clara e o apinhado bairro do Barredo, que parece não ter mudado desde tempos medievais. À beira-rio, o bairro da Ribeira torna-se fascinante com as suas ruelas, casas típicas e população pitoresca: foi recentemente restaurado e inclui, agora, bares e restaurantes em voga.Igualmente animado e colorido é o mercado do Bolhão, onde se pode comprar quase tudo, mas bem perto ficam as joalharias e lojas de artigos de pele mais elegantes da Baixa. A cidade do Porto oferece muitas outras atracções, monumentos e museus, assim como um calendário cultural cada vez mais preenchido. Com uma gastronomia bem conhecida e população hospitaleira, também constitui o ponto de partida para a experiência inesquecível de subir o rio.

Ao meu lindo Porto Jag Alskar.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Ilumina-me...


Gosto de ti como quem gosta do sábado,

Gosto de ti como quem abraça o fogo,

Gosto de ti como quem vence o espaço,

Como quem abre o regaço,

Como quem salta o vazio,

Um barco aporta no rio,

Um homem morre no esforço,

Sete colinas no dorso

E uma cidade p’ra mim.


Gosto de ti como quem mata o degredo,

Gosto de ti como quem finta o futuro,

Gosto de ti como quem diz não ter medo,

Como quem mente em segredo,

Como quem baila na estrada,

Vestido feito de nada,

As mãos fartas do corpo,

Um beijo louco no porto

E uma cidade p’ra ti.


Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.

Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.


Gosto de ti como uma estrela no dia,

Gosto de ti quando uma nuvem começa,

Gosto de ti quando o teu corpo pedia,

Quando nas mãos me ardia,

Como silêncio na guerra,

Beijos de luz e de terra,

E num passado imperfeito,

Um fogo farto no peito

E um mundo longe de nós.


Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.

Enquanto não há amanhã,

Ilumina-me, Ilumina-me.



Pedro Abrunhosa/Pedro Abrunhosa