quarta-feira, 18 de abril de 2007

Vale a pena ler!


De repente, num sonho, sou capaz de deslocar o sol e moldar-me em forma de pentagrama, depois abraço a lua, toco nos meus lábios e sangro a vida.
Parto num beijo, esqueço por momentos a minha tortura e os meus espasmos de dor, renasço sem saber para quê. Fico à espera do recriar do sonho, talvez consiga permanecer acordado, afinal também estou ansioso por experimentar novas formas de vida.
Quem sabe a minha queda não me deu força para continuar, quem sabe se estive no paraíso da solidão ou no limbo que precede a felicidade. Sei, por outro lado, que denunciei a minha dor, o medo foi capturado pelo pecado, a viagem eternizada pelas minhas lágrimas, aquilo que nunca esperei está neste momento a abraçar-me. Estou também consciente de que a minha existência ainda não foi apagada.
Talvez uma insignificante dor me impeça de me arrastar, os meus olhos brilham um pouco mais, mas não posso libertar-me de pensamentos de morte. Preso a um caminho, seguindo sempre a mesma questão, anseio pelo fim do meu terrível aspecto.Tudo o que de sagrado existe, tudo o que de profano me abraça, é apenas amor sem dor, dor sem amor. Hipnotizado pelos olhos da escuridão, quero procurar a penumbra e conhecer o sonho da vida. A minha alma azul leva-me para demasiado longe, o céu puro arde e une-se ao inferno. Um estranho circuito nasce e cobre a humanidade. Plim*

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