terça-feira, 17 de abril de 2007

Ao Eugénio! - Génio do Douro poesia.


Entre os teus lábios

é que a loucura acode,

desce à garganta,

invade a água.

No teu peito

é que o pólen do fogo se junta à nascente,

alastra na sombra.

Nos teus flancos

é que a fonte começa a ser rio de abelhas,

rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos é que a areia queima,

o sol é secreto, cego o silêncio.

Deita-te comigo.

Ilumina meus vidros.

Entre lábios e lábios

toda a música é mínha.

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